O Dia Internacional da Mulher foi lembrado no Recife em inúmeras atividades promovidas por entidades e instituições privadas e pelo poder público municipal e estadual. O ato político-cultural CantaMulher organizado pela Confederação das Mulheres do Brasil (CMB) e a UBM Pernambuco foi um dos pontos altos da programação alusiva à data. Na tarde/noite de domingo (8), centenas de mulheres se reuniram na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, em um momento de canto, poesia e política, com a presença de artistas, líderes, militantes e ativistas.
A vice-governadora do estado e presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, participou do evento. “Aqui no Recife, nosso 8 de março foi marcado pela arte, pela cultura e pelas vozes de mulheres conscientes do seu papel na transformação do mundo e na luta contra o retrocesso. O Cantamulher, realizado pela UBM e CMB com apoio de várias entidades e instituições, reuniu cantoras incríveis e mulheres de várias regiões do estado numa corrente de energia e força em defesa da democracia e pela igualdade de gêneros”, disse Luciana em sua página na internet.
“Orgulho e alegria de participar desse momento e reforçar que a alegria é o combustível da resistência e nós lutamos oferecendo o que temos de melhor para a sociedade e para a construção de um futuro digno, solidário e igual. Viva o 8 de março! Viva a luta cotidiana das mulheres!”, destacou.
Democracia e direitos
Tendo como mote a defesa da democracia, dos direitos e de maior presença das mulheres na política, o CantaMulher trouxe ainda manifestações contra o autoritarismo e em defesa da construção de uma frente progressista ampla. “As mulheres estão no centro dos ataques promovidos pelo atual governo, por isso a pertinência de transformar o 8 de Março em um dia de luta pela democracia, contra a escalada do autoritarismo do governo Jair Bolsonaro, em repúdio ao incentivo do ódio, da intolerância e da divisão entre o povo brasileiro”, afirmam as entidades promotoras do evento em documento alusivo à data.
No texto, a UBM-PE e a CMB também criticam projetos, decretos, portarias e campanhas que tiram direitos sociais, trabalhistas e previdenciários do povo, trazendo prejuízos, sobretudo, à população feminina. “O grande desafio é transformar nossa indignação em ação nas urnas, em outubro de 2020. Precisamos impulsionar as candidaturas e eleger mulheres, trabalhadoras, jovens, negras, LGBTs que defendem a democracia, a soberania nacional, nossos direitos e um Brasil livre do fascismo”.
Do Recife, Audicéa Rodrigues com informações da UBM Pernambuco.