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“O governo Bolsonaro apostou na crise sanitária para estabelecer o caos e mudar o regime político de 1988, mas vem perdendo”, avaliam os integrantes da direção estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB-PE) em documento-síntese da reunião ocorrida no último final de semana, em ambiente virtual, divulgado sexta-feira (31). Nele, os comunistas analisam a atual conjuntura política, econômica e social, agravada pela crise sanitária provocada pelo coronavírus, no Brasil e em Pernambuco.

“Bolsonaro está mais isolado e enfraquecido, seu governo não existe para enfrentar os problemas do país e do povo. Está pautado pela incompetência, pela responsabilização da tragédia sanitária e pela prática diversa de crimes comuns e políticos que atingem o núcleo familiar, mas ele não renunciou ao seu propósito autoritário e entreguista e procura a retomada de sua escalada anterior”, afirmam.

Segundo os dirigentes, a causa desse enfraquecimento “é a Frente Ampla pela Democracia e salvação do país, que se formou na prática pela reação dos governadores e do Congresso Nacional à crise sanitária e pela ação do STF contra os atentados à democracia e ao estado de direito e da justiça em geral contra os indícios dos crimes seus e da sua família”.

Com relação a Pernambuco, os comunistas entendem que “as forças progressistas do estado, expressas na Frente Popular liderada pelo governo Paulo Câmara-Luciana Santos, têm se saído vitoriosas até o momento no enfrentamento dessa múltipla crise que vivemos. Mas, não tem sido fácil e o futuro imediato é de alto risco”. Sobre as próximas eleições municipais, avaliam que, para a esquerda, a disputa eleitoral e política no estado “será medida pelos resultados do Recife, Olinda, Petrolina e Caruaru”.

“As forças de direita que apoiam Bolsonaro são a ameaça a ser batida.” Para isso, o PCdoB defende alianças com as correntes de centro e de centro-direita representadas pelo PSD, Avante, PP e SD, aliadas da Frente Popular de Pernambuco e com o comando de muitas e importantes prefeituras e forte bancada de deputados, explicam.

No documento, o colegiado avalia ainda que, “em meio às condições extraordinárias do momento assistimos no PCdoB ao fortalecimento do nosso projeto eleitoral formatado até 4 de abril. Seguimos com 16 candidaturas a prefeito/a, em cidades grandes como Olinda, Jaboatão, Cabo e Petrolina”. Informam ainda candidaturas a Prefeituras em médios e pequenos municípios, como Goiana, Bonito, Águas Belas, Sanharó e São João, entre outros, além de várias dezenas de chapas de vereadores, com mais de 600 candidaturas que se mantêm na luta para atingir o quociente eleitoral.

Na reunião, os comunistas pernambucanos também no discutiram questões da organização e estruturação internas da legenda para reforçar as finanças e a comunicação.

Do Recife, Audicéa Rodrigues